sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Doxologias Romanas: Guias para produção hinológica nos nossos tempos de música gospel

O cenário de música no meio evangélico hoje não é dos melhores. Será que toda música gospel é uma música cristã? O fato é que surgiu já há muito tempo esse novo estilo de louvor, chamado gospel, que tem provocado uma grande queda na qualidade musical dos cristãos. Quando falo em qualidade, falo especificamente em termos de conteúdo. De fato, a qualidade instrumental de muitos grupos é altíssima, mas quando paramos para avaliar a letra ou conteúdo de suas músicas, vemos quão rasas elas são. O que está faltando então para um melhor conteúdo e beleza nas músicas tornando-as muitos de verdadeira adoração?

Olhando para as escrituras é possível encontrar o escape dessa terrível situação. A revelação divina é suficiente e ela ensina através de exemplos o que faz parte de uma música que realmente exalta o nome de Deus. As doxologias são justamente um desses exemplos, as quais podem fornecer um padrão para a composição de hinos nesses tempos de música gospel. As doxologias são expressões de adoração, ditos de louvor, geralmente utilizadas no fim de uma oração. Muitas vezes não paramos para perceber quão belas e quão ricas são as doxologias em termos de conteúdo para adoração.

Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo utiliza quatro vezes as doxologias. Nos capítulos 1.25 e 9.5 nós podemos ver uma forma de doxologia chamada eulogia. Esta tem geralmente o formato “Deus bendito para todo sempre amém”. Nos capítulos 11.33-36 e 16.25-27 nós podemos ver a forma de doxologia propriamente dita, que geralmente tem sua estrutura de forma tripla: a quem se dirige a adoração (a Deus), um elemento de adoração (glória, doxa) e um elemento temporal de eternidade (para todo o sempre, pelos séculos dos séculos). Geralmente finalizam com amém.

Observando as doxologias romanas, podemos ver que elas apresentam alguns temas que poderiam ser abordados em músicas de verdadeira adoração ao nosso Deus. Primeiramente, todas elas tem Deus como o centro da adoração. Todas elas fazem menção a Deus, mas não de forma vaga, mas deixando-O no lugar certo: no centro. Além disso, mostram que a adoração deve ser a Deus por tudo que Ele é e o que Ele faz (Rm 11.33-36; 16.25-27). Também, a deidade de Cristo faz parte dessa adoração, em Rm 9.5, “ deles também é o Cristo, segundo a carne, o qual é Deus bendito para todo sempre. Amém!” Mas as doxologias também mostram que o homem deve estar contido na adoração, mas mostrando o quão fraco e incapaz é o homem de chegar até Deus ou de se comparar com Deus (Rm 11.33-36). Elas ainda nos ensinam que a música deve ser serva da palavra, pois as doxologias não são fragmentos soltos, mas conclusões da linha de pensamento que o escritor (pregador) empregara até aquele momento. As músicas não devem ser da maneira que as pessoas querem, mas sim aquelas que levam nossas mentes a uma verdadeira adoração a Deus.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Deus VISÍVEL que não é visto!

Recentemente, estive em um retiro com minha igreja em uma bela praia. Foi a primeira vez que entrei no mar, naveguei em uma jangada e pude experimentar bem de perto a grandeza do mar! Para quem não mora em regiões litorâneas é mais comum ficarmos impressionados com a grande beleza da criação de Deus. Talvez quem mora perto já está cauterizado, o que é ruim, porque muitas vezes não se pode ver o Deus que está por trás daquilo tudo! E parece que é isso que acontece!

Numa das minhas andadas na praia, pude perceber a grande perversão que havia por lá! Eu não falo de mulheres de biquini ou coisas parecidas, mas realmente da grande prostituição que há nestes locais e noites de orgias a beira-mar. Em frente a grande expressão da existência daquele que criou a todos, e que abomina tais práticas! É claramente o que nos descreve Romanos 1.19-20: "porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis."

As pessoas estão cada dia mais cegas, não pelos raios do Sol, pois lhes revelariam Deus, não pela luz da Lua, pois lhes mostraria o criador! Sim pelo seu pecado e desejo! Abra os olhos, veja o Deus que está bem na sua frente!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Está na chuva, NÃO é para se molhar!

Este ditado, na verdade sua afirmação, é comumente ouvido nos nossos dias, onde aquele que fala o diz em uma situação onde você já está envolvido em algum assunto, problema, jogo, brincadeira, ou seja, em alguma situação na qual você entra e agora tem que participar ou terminar aquilo que começou. Afinal, "tá" na chuva, é pra se molhar, pois ninguém que escolhe ficar do lado de fora enquanto está chovendo, sem proteção, quer ficar seco. Parece que com o pecado muitas vezes agimos desta maneira, já estamos aqui, chegamos até aqui, agora vamos terminá-lo. Achamos que já estamos tão envolvidos no pecado que podemos pensar, já que desobecemos a Deus, então vamos desobecer por completo. Bem, talvez apenas eu tenha pensado assim (talvez apenas eu seja pecador).

Em 1 Samuel 12.20 podemos ler: "Não temais; tendes cometido todo este mal; no entanto, não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR de todo o vosso coração." O povo de Israel havia cometido aqui o pecado de pedir par si um rei, desprezando assim o Senhor como seu rei (v. 12), e os israelitas falam que este pecado fora acrescentado a todos os outros que já haviam cometido (v. 19). Nesta situação, de tanto pecado, e de tamanho pecado, qualquer um poderia se desqualificar para servir a Deus ou para ter comunhão com Deus, afinal, Deus odeia o pecado e este faz separação entre nós e o nosso Deus. Então, as pessoas preferem ficar no pecado do que se achegar a Deus, pois são por demais pecadoras e nós, quando estamos envolvidos com o pecado, pensamos: "já estou aqui, vou até o fim!", "estou na chuva é para me molhar!"

Mas o que Samuel fala vai bem contra isto. Ele confirma que o povo cometeu aquele pecado, todo este mal, mas, é claro, depois do arrependimento, isto não é uma desculpa para ficar longe de Deus, para não serví-LO, pelo contrário, ele diz, parafraseando: "vocês são pecadores, mas não é por isso que vocês tem que se afastar de Deus, não usem seus pecados como desculpa para se desviar mais do Senhor, pelo contrário, dediquem-se plenamente." Nós somos todos pecadores, e temos a natureza pecaminosa. Se nos deixarmos levar pelos nossos pecados, pelo quanto nós pecamos, iremos parar bem distantes de Deus. A nossa comunhão com ele nos é permitida através de Cristo porque Ele já pagou por todos estes pecados. Obviamente, devemos nos arrepender e voltar para Deus. E enquanto não desistirmos de seguir ao SENHOR, e buscarmos serví-LO com todo nosso coração, iremos parar bem distantes do pecado.

Então irmão, está na chuva, não é para se molhar! Pode ir tirando o seu cavalinho da chuva!

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Deus Invisível!

Ao estudarmos, com toda reverência e temor, a pessoa de Deus, podemos ver, dentro da sua natureza e dos Seus atributos de grandeza, Sua espiritualidade. Conforme nos mostra João 4. 24: "Deus é espírito...". Mas com essa passagem vemos a definição de que O Senhor, por ser espírito, não pode ser experimentado pelos cinco sentidos. Aqui eu vejo um problema.

Em 1 Tm 1. 17 nós vemos que realmente nosso Deus é invisível. Ele é espírito e também invisível. Mas, por isso, os homens não poderão se desculpar por não poderem ver a Deus, nem ter uma experiência com Ele, porque nós podemos sim prová-lO através dos nossos sentidos.

Todas as vezes que vemos Deus agindo através de uma situação difícil, que O ouvimos através de uma exortação de uma irmão, que falamos com Ele na certeza de que nos ouve, que sentimos na pele a tristeza pelo pecado, ou o calafrio ao sentirmos o Seu toque.

"Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória, pelo séculos dos séculos, amém!" 1 Tm 1. 17

terça-feira, 7 de abril de 2009

Os Escondidos!

Com escondidos eu quero me referir ao significado da palavra apócrifo. Os livros apócrifos hoje, somente estão contidos na Bíblia católica. Eles nunca foram aceitos anteriomente ao concílio de Trento(1546). Estes livros estão fazem parte do Antigo testamento católico. Mas na história, Josefo, grande historiador, comenta que os judeus somente aceitavam como inspirados ou sagrados 22 livros no AT, que são exatamente os 39 que temos hoje, exceto na coleção católica. A diferença entre os 22 e os 39 está na divisão. Os judeus dividiam em formas literárias diferentes das nossas, mas eram os mesmos livros.

Estes livros não são citados em nenhuma outra parte da Bíblia, nem por Cristo, nem pelos apóstolos. Os pais da igreja não os aceitaram como inspirados e o rejeitaram para o cânon, exceto Agostinho, porém ele reconheceu que estes livros não possuiam autoridade.

Não podemos hoje aceitar livros como esses e utlizá-los como inspirados por Deus. Temos toda a Bíblia que é coesa, e possui uma mensagem que é única: a ação de Deus para salvar os homens pecadores!
Amém!

Razão, Revelação e Inspiração

Hoje a razão questiona a revelação
Mas a razão com razão traz a questão:
Teria Deus com razão dado a revelação?
Mas poderia a razão ter razão sem revelação?
Deus se mostrou pela revelação
Para que a razão tivesse alguma razão
Pois jamais teria razão a razão
Se não fosse a revelação

Mas como a revelação tornou-se razão?
Foi através da inspiração
Deus deu orientação a razão
Para com exatidão escrever a revelação
Mas, mesmo com a divina direção
Ainda possuia razão a razão
E sim, escreveu tudo com exadidão
Para que não faltasse nada da revelação

A Matemática da Inspiração

Muito discutem sobre a inspiração, como ela foi dada, até que ponto vai, qual a sua extensão. Talvez, uma forma prática e matemática que possamos expressar a inspiração pode ser montada na seguinte equação:

Mateus 5.18 + (Gálatas 3.16 + João 8.58) + (João 5.46 +
2 Pedro 3.16) + 1 Timóteo 5.18 = 2 Timóteo 3.16


Separemos os termos e avaliemos cada um deles:

Mateus 5.18: O senhor Jesus mostra como é importante cada letra da lei (ou a Escritura (Bíblia) daquela época), até as suas partes menores.

Gálatas 3.16, João 8.58: Nessas duas passagens nós podemos ver a importância das palavras, ou o jogo de palavras. Na primeira, Paulo mostra como foi inspirado a palavra no singular (descendente) e a importância de ela estar no singular. Na segunda, Cristo parece cometer um erro gramatical, "...antes que Abraão existisse, EU SOU." Não deveria ser EU ERA. Não, pois ele mostrava ali sua divindade. Consequentemente a importancia da conjugação no presente.

João 5.46, 2 Pedro 3.16: Aqui vemos uma porção maior: livros. No primeiro verso, Jesus se refere a Moisés, ou seja, seus escritos, ou seus livros, como Escritura. No segundo verso, o apóstolo Pedro toma os escritos do apóstolo Paulo e os compara como Escritura.

1 Timóteo 5.18: Aqui vemos em um único verso a inspiração de uma passagem no AT e uma no NT, ou seja, os testamentos. Paulo diz que todas as duas são Escritura.

2 Timóteo 3.16: E, o final, toda a Escritura é inspirada por Deus.

Podemos ver a progressão que a própria Bíblia nos mostra sobre sua autoridade divina.